19 de fev. de 2021

Assista nossa live (Dedode prosa com m. Boa Gente) na íntegra!

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Para quem não assistiu, vale a pena ver de novo!

Minha história, meus pensamentos, minhas crenças,Capoeira da Bahia, nossos antigos, meu cantar!

Será um honra que possas dividir comigo a minha história!

18 de fev. de 2021

12 de fev. de 2021

Juntos na Presidência e secretaria da World Capoeira Federation . WCF


Só o trabalho traz o reconhecimento...

Aprendi esta lição nos duros e longos anos de dedicação a nossa nobre e subversiva arte CAPOEIRA!

A Bahia, minha inspiração e missão na zeladoria de nossos Fundamentos!

O CAPOEIRA "BUNDA DE CARURU"


 O CAPOEIRA "BUNDA DE CARURU"

Por: Mestra Brisa e Mestre Jean Pangolin



O caruru é uma comida típica daqui da Bahia, prato tradicional da festa de São Cosme e Damião e do orixá Iansã, de origem africana, possui uma consistência meio pastosa/mole, pela presença da "baba do quiabo" e outros ingredientes, e por isso, nas ruas sempre que se quer fazer referência a alguém medroso, excessivamente cuidadoso, mole para com as coisas da vida, dizemos....."bunda de caruru". Neste sentido, trataremos aqui sobre os capoeiras que não se permitem a "entrega" no jogo, aqueles que por temor ao desconhecido no desenrolar da roda, sentem uma ansiedade tão grande que não conseguem viver a experiência de vida com plenitude. 


A roda de capoeira muitas vezes funciona como uma "microcena" da vida, ou seja, as experiências da dinâmica do jogo na arte servem como fonte de saber para a lida com as situações do cotidiano. Assim, invariavelmente, estamos sempre rodeados de pessoas com comportamentos diferentes, sendo estes sempre fruto da história individual de cada ser, na relação com o outro e consigo mesmo. 


Também podemos ver a roda como um grande organismo social único, vivo e potente, mesmo considerando um cenário de diversas individualidades com limites e potencialidades, ou até com os dois juntos - o que pra mim seria o ideal, mas esta escolha depende muito de como cada capoeira vê a vida, focando numa perspectiva mais ampla, ou de forma mais seguimentada.

A partir de suas histórias individuais, as pessoas podem desenvolver ansiedades e/ou temores em virtude das experiências que tiveram acesso. Por exemplo, uma família superprotetora pode exceder em cuidados, privando seus membros de experiências que desenvolvam a autosegurança, gerando indivíduos inseguros que só aprenderam a temer os desafios do mundo. Desta forma, muitas vezes, essas inseguranças podem vir travestidas por relações de dependência dos pais, amigos e/ou namorada/o, gerando uma ansiedade frente a todas as situações em que são convocados pela vida a se posicionarem, ou seja, sempre que a pessoa está em um contexto em que não possui referências de enfrentamento, a fragilidade na lida com o poder se manifestará pela condição de inferioridade, indicando que o individuo “não é bom o suficiente” ou “não conseguirá sozinho” enfrentar a adversidade posta, criando, na maioria das vezes uma resposta de fuga e/ou vitimização, tendo a ansiedade como símbolo maior de despreparo para a vida.


Na capoeira vemos situações assim pra todo lado. Quantas vezes ao se deparar com uma roda mais forte, onde como se diz aqui na Bahia "só vai quem tem negócio", observamoss o/a capoeira esquecer de todo o conhecimento adquirido na lida com o ritual da roda, toda a bagagem experimentada nos anos de experiência, se colocando frente a roda como alguém impotente e incapaz? Não vou longe, não! Isso acontece também diante de um novo desafio de trabalho em capoeira numa área nova, seja ela de ensino, de show, de fabricação de instrumento ..., no qual a primeira resposta frente ao convite é "NÃO", muitas vezes em virtude da insegurança do NOVO. Ou no aprendizado de um movimento novo, no qual o indivíduo já anuncia internamente que é impossível de aprendê-lo, se colocando como incapaz. 

Muitas destas sensações de impotência podem nascer de fato por uma incompetência real, mas tratamos aqui do recuo imediato sem a mínima tentativa ou fundamento de ser, sem o mínimo estudo prévio sobre as reais chances de vencer tais demandas... Pois é... Muito disso, possivelmente, nasce de uma educação superprotetora, com abordagem cerceadora, que não estimula a autonomia e a autosuperação.


Para Carl Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica, o medo e a ansiedade se manifestam como uma defesa a um risco em potencial ao Ego (significa a consciência, o “eu de cada um”, ou seja, a personalidade de cada indivíduo). O referido risco pode ser externo e objetivo, como algo relacionado a uma decisão de comprar financiado uma sede própria para treinamento, ou uma ameaça interna e subjetiva de capoeira por pensamentos negativos obsessivos, como, por exemplo, a impotência para um jogo mais complexo. Assim, em alguma medida, todos nós precisamos refletir sobre nossas decisões, mas isso não deve nos paralisar por medo, nem tão pouco gerar ansiedade.


Quantas vezes observamos jogos de capoeira tensos que não se desenvolvem, pois existe uma ansiedade de ambos os jogadores no que está "por vir", ou um deles não se permite "sair deste lugar de medo", não deixando o jogo fluir com leveza e naturalidade, simplesmente por temer ser "pego" pelo parceiro na roda. Na grande maioria das vezes, as pessoas tentam conviver com a ansiedade dos desdobramentos da vida, vivendo uma apreensão constante, buscando antecipar tudo, se prevenindo contra todas as possibilidades tangíveis de um futuro "negativo", ou imersos em inseguranças e dúvidas paralisantes, sempre na esperança de que alguém resolverá o problema delas, por uma dependência nociva de outras pessoas.


De um jeito ou de outro, a ansiedade nos projeta para um futuro que ainda não aconteceu, e pior, que pode não acontecer nunca, nos privando de - no PRESENTE - viver experiências maravilhosas em capoeira, sempre por estar "com o freio de mão puxado". Claro que dentro desta ENTREGA proposta, há riscos de viver jogos difíceis nos quais levaremos perdas para analisar, a posteriori, as falhas de nosso jogo, ou nos desafios das relações/diálogos no jogo .


Enfim, a moral da história é que primeiro, as nossas limitações e sucessos como ser humano, carregam muito do que vivemos nas relações com nossos responsáveis lá na infância. Segundo é que, mesmo sendo fruto do que a infância pôde nos contribuir, ainda estamos "vivos" para analisar e mudar e, neste sentido, a capoeira é um grande celeiro promotor de experiências para estudo e mudança de nossa psiquê! O convite aqui é para seguir em movimento para que possamos ser, SEMPRE, a melhor versão de nós mesmos.


Então...Vamos lá.... Sigamos o ditado que diz "Quem tem medo de cagar, não come"....

Axé!

Ouça Texto13_O Capoeira "bunda de caruru" de Mestra Brisa _ Carol Magalhães no #SoundCloud

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CAPOEIRA SOFISTICADA do SÉC. XXI: entre a potência da felicidade e a felicidade da potência


Por: Mestra Brisa e Mestre Jean Pangolin


Você já parou pra pensar um pouco nos infinitos jogos que fez, ou vistes fazerem, onde a sua preocupação, ou a do(a) outro(a), estava mais no *olhar do espectador da roda, do que "efetivamente" na conexão com o (a) parceiro(a)?* Já percebeu que as vezes a gente fica mais preocupado com a beleza do movimento, do que com sua eficiência no jogo? Neste texto falaremos um pouco desta "sofisticação", que nem sempre está *a serviço do objetivo central do jogo - o diálogo*. Vamos lá?! 


Buscando algo que pudesse fazer analogia com esta temática, fomos beber na fonte do termo *"sofisticação sexual"*, que está cunhado na obra de Alexander Lowen - discípulo de Wilhelm Reich, em seu livro "Amor e Orgasmo", e este define que, em contraponto à um passado de proibições e restrições das questões relativas a sexualidade (seja na infância e adolescência, seja nas civilizações que nunca preparavam-nos para mergulhar neste universo como tabú), atualmente vivemos uma fase em que é preciso fazer sexo o tempo inteiro, gostando disso sobre todas as coisas, explorando todas as variações de parceiros e de técnicas sem a mínima implicação afetiva e cuidado consigo, sendo todos aqueles que escapam desta nova faceta, considerados sexualmente problemáticos ou fora do tempo.


Nesta nova forma de vida, o desempenho performático é mais importante do que a experiência em si, pois os sentimentos cedem lugar a uma necessidade exagerada de impressionar a outra pessoa, sendo o ato sexual uma grande encenação e não a manifestação de sentimentos pelo parceiro. Neste sentido, para Lowen, este comportamento é uma camuflagem que oculta a imaturidade, os conflitos e as ansiedades sexuais provocadas pela neurose da vida em sociedade.


Para Reich, a lógica do patriarcado, a sociedade de consumo, as restrições da sexualidade nas crianças e nos jovens, por uma "moral" castradora, tem desenvolvido neuroses nos adultos que são desdobradas em problemas por exemplo como a ejaculação precoce para homens ou dificuldade de ereção, sendo estas expressões da "sofisticação sexual" que nos acomete, pois a necessidade de impressionar o outro determina uma busca desenfreada pela performance esvaziada de implicações ritualísticas com tudo que se faz, sendo este mesmo comportamento ocasionado por ansiedades, medos, culpas e frustrações que impedem a plena realização orgástica/felicidade. 


Pense conosco... Quando observamos as *rodas de capoeira na atualidade* seria possível perceber uma analogia perfeita com a *"ejaculação precoce"*, pois os jogos duram uma fração de segundos (com suas exceções), e estão investidos de uma grande dose performática, são tensos, e, na maioria dos casos, representam a expressão neurótica do século XXI, pois são protagonizados por pessoas que, em comparação ao ato sexual, estão mais preocupadas em *chamar a atenção (vaidade) do que com a experiência ritualística* daquilo que o berimbau determina no contexto do jogo, do que um "diálogo que permita a conexão, ou uma conexão que permita o diálogo".


Estes *traços neuróticos*, que estão em mim, em ti, ali, são fruto desta nossa sociedade, infectada pelo moralismo castrador que gera uma busca desenfreada por compensações, desenvolvendo uma autoconfiança artificial e afetada, gerando uma necessidade extrema de demonstração de uma *"potência fake"*, tudo isso para diminuir a infelicidade inconsciente pela impotência orgástica (assumamos aqui a potência orgástica como a incapacidade de acessar a felicidade segundo Reich). 


Ou seja, a impossibilidade de desfrutar um *bom jogo de capoeira* - com perdas, ganhos e muita sintonia, pelo medo ou ansiedade na exposição e na possibilidade de demonstrar minha fragilidade daquele minuto, dificulta uma experiência no tempo necessário de amadurecimento da dinâmica ritualística, ocasionando uma eterna frustração que faz com que eu, você ou o(a) outro(a), todos capoeiras "adoecidos", tenhamos que comprar sucessivas vezes o jogo numa tentativa de sanar o vazio interior por sua *"incapacidade" de se conectar com o contexto* para além de si mesmo.


Para nós, salvo melhor juízo, a *busca por alternativas ao problema* dos jogos de capoeira de poucos segundos e as compras desenfreadas está em dois fatores principais, sendo o primeiro deles o reconhecimento de que a capoeira, não sendo uma *ilha social*, não funciona "isolada" das mazelas psicológicas que afligem os seres humanos no mundo "civilizado", logo, a solução precisa ser conjuntural. 


Este primeiro fator nos conduz a segunda estratégia que é focada na especificidade da capoeira e seus praticantes, ou seja, educando os mestres para uma *referência ancestral iniciática* que respeite o tempo de amadurecimento ritualístico da arte e referende o "sentir" em detrimento de uma performance esvaziada e artificial, estaremos preservando grandes valores ancestrais que de fato edificam uma prática de capoeira mais genuína. 


Concorda? "Sem"corda? Faça uma breve pesquisa e veja a *"capoeira das antigas"*, passei pelo jogos filmados das primeiras décadas deste século. Onde estava a intencionalidade dos capoeiras? Na câmera que o filmava? Na plasticidade do movimento? Ou majoritariamente no cuidado com a belicosidade do outro? No cuidado com todos os meneios que o parceiro de jogo poderia ofertar como desafio? De certo que nestas décadas já eram fortes as tendências que falamos acima porém, veja como tudo parece que tomou rumos mais neuróticos, menos conectados - em contrapondo a era da conexão tecnológica? 


É gozado... (risos)... Mas a real é que não conseguimos "gozar" de um bom jogo de capoeira exatamente como temos dificuldades de "gozar" com plenitude a vida em sociedade. Que possamos aceitar que, como dizia Vinicius de Moraes... *"A vida não é brincadeira, amigo... A vida é arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida." Saravá!*

Axé!

Ouça Texto 12_Capoeira sofisticada do séc XXI: entre a potência da felicidade e a felicidade da potência de Mestra Brisa _ Carol Magalhães no #SoundCloud:h

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ANALOGIAS CAPOEIRANAS: o diálogo entre o "burro" e o "cavalo"


 Por: Mestra Brisa e Mestre Jean Pangolin


Certa feita em uma fazenda lá pelas bandas de Maracangalha, aconteceu uma conversa curiosa entre o burro e o cavalo, sendo o diálogo da seguinte forma:

- Ola Sr. cavalo, como vai? - disse o burro.

- Estou bem seu burro... - respondeu o cavalo.

- Eh....Hoje tá difícil, pois o capataz, sob o pretexto de parecer "dono da razão", colocou a cela em mim muito apertada, mas eu resolvi não reclamar, pois tive medo de uma atitude mais hostil dele... - reclamou o burro.

- Pois é, se fosse comigo eu daria logo um coice.....Comigo é assim, pois resolvo logo.... - disse o cavalo.

- A verdade, Sr. cavalo, é que dói muito a cela apertada, mas mesmo assim não tenho coragem de reclamar, pois esta é a vida que DEUS quer para um burrinho como eu... - afirmou o burro.

- Não tem DEUS certo.....Meto a porrada pelo coice e tá tudo certo! - exclamou o cavalo.

- Eu penso...Se reclamar será pior, pois posso perder minha comida, água e capim...O que será de mim sem estas coisas? São tudo que preciso pra viver... - afirmou o burro.

- Burro, eu sou cavalo, então comigo é diferente...Resolvo logo relinchando alto e distribuindo coices... - exclamou o cavalo.

- Sr. cavalo, o que acha de nos juntarmos e convocarmos os outros bichos para uma assembléia em favor de melhores condições? - perguntou o burro.

- Burro, eu sou CAVALO, e nós não nos misturamos com esta turma inferior...Até você, só falo porque, querendo ou não, temos um pequenino grau de parentesco... - respondeu o cavalo. 


O burro, nem tão "burro", pasmo, saiu triste pensando no pouco ou nulo senso de coletividade do Sr. cavalo, que é bom em dar coices, mas péssimo no quesito de "lutar" coletivamente.


A alegoria da historinha acima ilustra bem o perfil de nossa comunidade de capoeira, pois temos diversos "burros" e outros tantos "cavalos", todos padecendo da incapacidade de mudar sua condição de submissão, uns pela dificuldade em lutar contra a relativa comodidade da subserviência, e outros, pela resposta visceral agressiva totalmente ineficiente pela desarticulação com o "todo", e tola crença que está em condição de privilégio, logo, não necessitando lutar por ganhos duradouros que não sejam do minuto.


A capoeira encerra em sua maior manifestação - a roda, diversos ensinamentos que ajudam na compreensão de possíveis caminhos para avaliar esta historinha alegórica. Se estivermos em um momento difícil, por não termos repertório diversificado para responder a um jogo mais complexo, com um grande capoeira, talvez o melhor a ser feito, neste caso, não é ir ao confronto direto, ou melhor, não se colocar como alguém que se põe a cavar uma derrota para o outro, utilizando uma queda bruta, ou recursos que extrapolam nosso código de ética em capoeira. Talvez uma das saídas seja fazer um jogo onde, reconhecendo a superioridade do "problema", me alio, aprendendo e compondo um dueto, entrando quando posso, saindo sempre que conseguir. Lição nº 1. Se não "guenta" com a situação, "alie-se" a ela", ou como se diz aqui na Bahia, "se não guenta vara meu pai, peça cacetinho".


Outra situação... Se nos arvorarmos a fazer uma roda, e neste dia, nenhum aluno puder comparecer, nem os amigos ou os colegas puderem compor este momento, com certeza, além de não conseguirmos construir uma roda, estaremos fadado a terminar o dia tocando nosso berimbau sozinho e/ou fazendo um treininho básico, "monólogo de mim comigo mesmo", somente para não enferrujar.


Já noutro dia, se conseguirmos reunir uma turma, seja de alunas(os), amigas(os) ou colegas, este momento poderá ser rico, lúdico, uma verdadeira egrégora, caso todas(os) contribuam com sua parcela de conhecimento e energia para edificarem este momento. Isso tudo porquê a roda de capoeira é feita por um coletivo de pessoas que, reunidas, constroem sua energia para benefício de todos(as). Canto, coro, palmas, jogos, múltiplos instrumentos, tudo isto se reúne para, assim, dar o tom deste ritual. Quanto mais sintonizados, maior o AXÉ e a satisfação de quem usufrui deste momento ritualístico. Lição nº 2 "Juntos vamos mais longe".


Enfim, poderia levantar aqui diversas lições a partir da capoeira, MAS o que mais me importa, é deixar o alerta para burros, cavalos, éguas, e toda a bicharada, de que se vocÊ estiver atento, verás o quanto a capoeira nos dá "régua e compasso". O quanto lutar sozinho, nunca foi a lição para o capoeira. O quanto o individualismo é arma de quem de fato NUNCa sentiu a capoeira "EM SUA EXPRESSÃO VIVA".


Acorda CAPOEIRA! Já dizia o ditado popular "Sozinhos vamos mais rápido, JUNTOS vamos mais longe".

Axé!

Ouça Texto 11_Analogias capoeiranas: diálogos entre o burro e o cavalo de Mestra Brisa _ Carol Magalhães no #SoundCloud: https://soundcloud.app.goo.gl/ANWPz

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